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Você já deve ter ouvido falar que existem dois tipos de fundos imobiliários: os de “papel” e os de “tijolo”. Mas o que isso significa na prática? E principalmente: qual é o melhor e vai te dar mais dinheiro em 2025? Essa dúvida é muito comum e pode fazer a diferença entre ter sucesso ou se frustrar com seus investimentos. Vou te explicar tudo de forma simples, como se estivéssemos conversando, para que você tome a decisão certa com seu dinheiro.
Os FIIs de tijolo são os mais fáceis de entender. Quando você investe neles, está literalmente comprando uma parte de imóveis físicos que você pode ver e tocar.
Shopping Centers: Como o Shopping Iguatemi, Boulevard Shopping ou outros grandes centros comerciais que você conhece.
Galpões Logísticos: Enormes depósitos onde empresas como Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre guardam seus produtos.
Prédios Comerciais: Edifícios de escritórios no centro das cidades onde trabalham advogados, empresas de tecnologia e consultórios médicos.
Hospitais e Clínicas: Prédios onde funcionam hospitais particulares, clínicas especializadas e laboratórios.
Agências Bancárias: Imóveis onde funcionam agências do Bradesco, Itaú, Santander e outros bancos.
A grande vantagem é que você consegue entender facilmente de onde vem o dinheiro: do aluguel que esses imóveis geram todos os meses.
Os FIIs de papel são mais complexos. Em vez de possuir imóveis físicos, eles investem em “papéis” relacionados ao mercado imobiliário.
CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários): São como empréstimos feitos para empresas do setor imobiliário. O fundo empresta dinheiro e recebe juros.
LCIs (Letras de Crédito Imobiliário): Títulos emitidos por bancos para financiar o setor imobiliário.
Debêntures: Títulos de dívida de empresas do ramo imobiliário.
CRAs: Similar aos CRIs, mas focados no setor do agronegócio.
É como se você fosse um banco que empresta dinheiro para o mercado imobiliário e recebe juros por isso.
Com os melhores fundos imobiliários de tijolo, você sabe exatamente onde seu dinheiro está aplicado. Pode até visitar o shopping ou o prédio comercial que você possui uma parte.
Os aluguéis tendem a ser mais estáveis. Um shopping que está funcionando bem vai continuar pagando aluguel todos os meses de forma consistente.
Quando a inflação sobe, os aluguéis também sobem. Isso protege seu poder de compra ao longo do tempo.
Imóveis bem localizados tendem a se valorizar com o tempo, especialmente em regiões que se desenvolvem.
Os gestores precisam cuidar de manutenção, reformas, negociação com inquilinos e várias outras questões operacionais.
Se um inquilino grande sair e o imóvel ficar vazio, a receita do fundo cai imediatamente.
Vender um prédio ou shopping é mais demorado que vender papéis financeiros.
Muitos fundos concentram seus imóveis em uma região específica, aumentando o risco.
Um fundo de papel pode ter centenas de títulos diferentes, espalhando melhor o risco.
Não há inquilinos para lidar, reformas para fazer ou imóveis para manter.
É mais fácil comprar e vender papéis do que imóveis físicos.
Como são mais arriscados, podem oferecer rendimentos superiores.
É muito mais difícil avaliar se um CRI ou debênture é um bom investimento.
Se a empresa que emitiu o papel quebrar, você pode perder seu dinheiro.
Quando os juros sobem, os papéis perdem valor mais rapidamente.
Você não consegue “ver” seu investimento como nos fundos de tijolo.
Para decidir qual é melhor em 2025, precisamos olhar o cenário econômico atual.
Retomada da Economia: Com a economia se recuperando, shopping centers e prédios comerciais têm maior ocupação.
E-commerce Consolidado: A demanda por galpões logísticos continua forte com as vendas online.
Volta ao Escritório: Muitas empresas estão trazendo funcionários de volta ao trabalho presencial.
Turismo em Alta: Hotéis e pontos comerciais em cidades turísticas se beneficiam.
Juros em Transição: Períodos de mudança nas taxas de juros podem criar oportunidades em papéis.
Maior Profissionalização: O mercado de CRIs está mais maduro e seguro.
Diversificação: Em momentos de incerteza, a diversificação dos papéis pode ser vantajosa.
Galpões Logísticos: O e-commerce continua crescendo e precisa de mais espaço para armazenagem.
Data Centers: Com a digitalização, a demanda por centros de dados só aumenta.
Shoppings de Luxo: Shoppings bem localizados e de alto padrão tendem a se recuperar mais rápido.
Hospitais: O setor de saúde mantém demanda constante independente da economia.
CRIs de Incorporadoras Sólidas: Papéis de empresas consolidadas do setor.
Fundos de Recebíveis Diversificados: Que não dependem de uma única empresa.
CRAs de Agronegócio: Setor que mantém boa performance no Brasil.
Focar Apenas no Dividend Yield: Um yield muito alto pode indicar problemas no fundo.
Ignorar a Localização: Imóveis mal localizados têm dificuldade para atrair inquilinos.
Não Verificar a Vacância: Alta vacância significa menos receita de aluguel.
Não Entender os Riscos: Investir sem conhecer os papéis que compõem o fundo.
Ignorar o Rating: Papéis sem rating ou com rating baixo são mais arriscados.
Concentração Excessiva: Fundos que dependem muito de poucos emissores.
Tanto FIIs de papel quanto de tijolo têm a mesma tributação:
A diferença está na fonte dos rendimentos, não na tributação.
Para 2025, minha recomendação é:
Foque em FIIs de tijolo. Eles são mais simples de entender e menos arriscados.
Coloque 80% em tijolo e 20% em papel. Isso dá segurança com um pouco de diversificação.
Pode equilibrar 60% tijolo e 40% papel, aproveitando as oportunidades de ambos.
Mesmo dentro de cada tipo, espalhe seus investimentos em diferentes setores.
Invista um pouco todo mês, independente do tipo escolhido.
A verdade é que tanto FIIs de papel quanto de tijolo podem ser excelentes investimentos em 2025. A diferença está no seu perfil, conhecimento e objetivos.
Para a maioria das pessoas, especialmente quem está começando, os FIIs de tijolo são a melhor opção. Eles são mais fáceis de entender, mais previsíveis e menos arriscados.
Mas lembre-se: não importa qual você escolha, o mais importante é começar. O tempo é seu maior aliado quando se trata de renda passiva através de fundos imobiliários.
Sua jornada rumo à independência financeira começa com o primeiro passo. Seja com tijolo ou papel, o importante é dar esse passo hoje mesmo.
Leia também: https://activofinances.com/fundos-imobiliarios-guia-renda-passiva-2025
Resumo das Principais Diferenças:
• FIIs de tijolo possuem imóveis físicos como shoppings e prédios comerciais
• FIIs de papel investem em títulos como CRIs e debêntures imobiliárias
• Tijolo é mais fácil de entender e analisar para iniciantes
• Papel oferece maior diversificação mas exige mais conhecimento
• Para 2025, tijolo é mais recomendado para a maioria dos investidores
• Iniciantes devem focar 100% em tijolo antes de diversificar
• Galpões logísticos e data centers são setores promissores em tijolo
• Tributação é idêntica para ambos os tipos de FIIs